Inspirações

Segundo a origem japonesa, a etimologia de Origami é derivada de duas palavras, sendo que a primeira Orusignifica dobrar e a segunda Kami traduz-se como papel. Esta arte é fundamentada em formas geométricas, sendo de duas ou três dimensões. Origamis simples são constituídos a partir de um único papel, os compostos utilizam mais de um e, finalmente, origamis modulares são organizados a partir da união de um origami composto com todas as frações possuindo a mesma geometria. Segundo Lang (2010), há duas formas de dobras primárias num origami, sendo a primeira a “dobra vale” e a segunda “dobra montanha”. É a partir destas que se torna possível realizar desde as geometrias simples até às mais complexas.

Nas últimas décadas, o conceito do origami tem vindo a interessar os meios tecnológico e artístico, em diversas especialidades da engenharia, bem como na arquitetura. A atenção dada a este design deve-se à capacidade de alteração da forma das estruturas em função da necessidade e devido ao avanço das ferramentas de design computacional. Alguns exemplos onde têm sido desenvolvidos designs em origami são estruturas espaciais, robôs auto-dobráveis utilizados como dispositivos biomédicos, estruturas voltadas para acústica variável, entre outros exemplos. Neste projecto procura-se enquadrar a utilização do conceito de origami nas diversas áreas da engenharia, em particular no domínio da acústica de espaços fechados, expondo várias soluções que têm vindo a ser propostas, bem como alguns resultados de desempenho.

De forma geral, a utilização deste tipo de design é relativamente nova e quando se trata do ramo acústica variável, é mais incipiente ainda. Apesar de não existir ainda uma grande quantidade de informação disponível nesta área, é possível verificar uma tendência de integração da acústica variável nos smart buildings. Na área de Internet of Things há um estudo desenvolvido por Bahl e Padmanabhan em 2000, em que foi utilizado um sistema simples para rastrear os usuários dentro de uma edificação em tempo real. Com o avanço tecnológico e de utilização dos Smartphones se torna ainda mais acessível a recolha de dados dos utentes, sendo os sistemas que proporcionam uma adequação do recinto às necessidades dos ocupantes uma tendência futura na evolução do edifício. 

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